No desenvolvimento infantil, existem etapas necessárias para
a construção da base emocional das nossas crianças.
Quando olhamos as etapas da linguagem, por exemplo, é IMPORTANTE saber que mesmo antes das palavras
serem usadas , as crianças irão discriminar sequências emocionais baseadas no
que elas veem, escutam, e vivenciam para que saibam o que é seguro , aprovado
ou mesmo aceito .
As crianças também aprendem a previsibilidade dos
comportamentos dos outros, levando-as aos
primeiros atos de solução de problemas.
E as experiências vão surgindo no decorrer do processo de
aprendizado ate a criança estar pronta para responder , guiada pelos seus
interesses e necessidades porque as experiências das respostas cognitivas e
emocionais resultam em DESENVOLVIMENTO.
No autismo não podemos esquecer a DISPRAXIA que acomete
muitas dessas crianças e que responde por várias dificuldades como o
planejamento motor peça chave do quebra cabeça da fala.
Então se faz necessário saber que as capacidades motoras
/sensoriais terminam sendo o grande suporte para a nossa interação com o
ambiente, etapa difícil para as nossas crianças que muitas vezes apresentam
dificuldades como um simples apontar para algo desejado.
e quando isso não acontece de forma natural eles precisam procurar
sentido emocional que dê oportunidade e interação para modificar o cérebro das
experiências motoras/sensoriais que muitas vezes não são positivas.
Outro exemplo são as dificuldades
visuais que tem significantes ramificações para relações e como também o pensamento.
Muitas vezes eu me vejo imaginando
quanta dificuldade sofrem os pais e as crianças porque sentem falta dessa relação
completa que envolva todos os sentidos , como por exemplo a atenção compartilhada
do olhar, que muitas vezes é evitada bruscamente por nossas crianças com
autismo, mas daí eu penso como também seria mais fácil se validássemos as
dificuldades visuais dessas crianças , ficaríamos satisfeitos com o que elas
oferecem e que muitas vezes, é o que elas conseguem dar. Ainda voltando para a dificuldade de apontar,
que não é apenas um problema de sequencia, movimento e visão, mas também de ter
uma experiência visual e o desejo de fazer esse gesto.
Resumindo o que me vem à mente é que são necessários estudos
profundos das capacidades individuais dessas crianças com autismo, e que não
podemos radicalizar modelos como únicos, o que devemos radicalizar e nunca
esquecer que qualquer modelo que se diga comportamental, cognitivo e de
desenvolvimento deverá estudar e validar que as experiências sensoriais
positivas é o que dá o suporte para qualquer parte do desenvolvimento emocional,
estabilizando outras áreas com o objetivo de integrar esse ser ao meio
ambiente.
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