quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
E por falar em Summer Camp...
EXPECTATIVA!
Acho que essa foi a
palavra chave do II Summer Camp. Desde a
assinatura do “Contrato de voluntariado” muitas questões foram surgindo. Como
assim proibido o uso de drogas? Era tudo tão óbvio! Seriam necessárias tantas
proibições para uma equipe VOLUNTÁRIA e escolhida a dedo? Inicialmente parecia
sem cabimento, mas não é que depois vimos que tinha necessidade daquilo tudo
mesmo?! Tudo bem, primeira etapa de surpresa quanto ao contrato foi
ultrapassada.
Agora vinha o medo do
“confinamento”. A distância da família por tanto tempo iria ser difícil. Um
monte de gente de cidades diferentes, práticas diferentes, sem saber nem ao
menos onde encaixar seus colchões. Tudo bem, dois quartos, ar condicionado e
até banho quente. Ufa! Já tínhamos um lugar para nos regularmos quando fosse
necessário. Inicia-se assim uma rotina “casa x padaria” que foi repetida por
cada voluntário pelo menos umas 355 vezes nesses dias, acompanhadas de nossos
“vales” realmente valiosos!
Algumas reuniões,
orientações e preparativos para chegada das crianças. Mais EXPECTATIVA!
Uniformes prontos, banhos tomados, barrigas cheias... As crianças chegaram. Meu
Deus, o que foi isso? Equipe totalmente atropelada, gente pra tudo que era
lado, crianças desreguladas, terapeutas correndo atrás das crianças e o medo
agora era de alguém pegar o avião e desistir. Mas que nada... Disseram que isso
era normal no primeiro dia. E não é que mais uma vez estavam certos? Com o
tempo tudo se acalmou e surpreendentemente a equipe queria mais e mais.
Mais reuniões, mais
vídeos, mais pacientes... Como “sugamos” Helena Gueiros! Ficamos completamente
embasbacados. Que profissional! Ensinou com exemplo prático atuando, ensinou em
palestras, ensinou na mesa do bar, ensinou até por email. Sem segredos ou medo
de compartilhar conhecimentos. Certa de que seus conhecimentos são seus mesmo,
frutos de seus estudos e de suas experiências. Mas desejando plantar em cada um
de nós a necessidade de busca por conhecimento. E sinceramente, plantou!
Trabalho cumprido! Primeiras despedidas e novas EXPECTATIVAS. Priscila, Dawn e
Helena deixaram o grupo com muitas saudades.
Então, recebemos mais uma novidade: agora
seríamos nós as palestrantes. Teríamos que preparar palestra para pais de
crianças que mal conhecíamos e além desses, mais uma platéia altamente
especializada. Como explanar sobre linguagem se Juliana Maia estaria ouvindo?
Socorro! Que nada, essa foi mais uma tacada de mestre! Como diz Paty: - bingo!
Promoveu a união de especialistas, troca de conhecimentos e mais uma
oportunidade de crescimento profissional. Juliana já vinha assumindo, mesmo que
inconscientemente um papel de referência. Em todas as nossas conversas, era
uníssono: “- é melhor falar com a Ju” “- pergunta pra Ju”, “-manda um email pra
Ju”! Enfim, Juliana foi uma peça fundamental para nosso equilíbrio emocional
durante todos esses dias. Suas atitudes calmas e seguras nos passaram, um
conforto e segurança de um amigo de verdade. Obrigada por tudo Juliana!
Após a confiança na equipe
surgiram os passeios e o companheirismo do lazer. Outras EXPECTATIVAS. Nessa
hora, ninguém melhor que a Patrícia pra acompanhar a galera. Conversas
animadíssimas regadas a muito “suco” e sempre com o tema central AUTISMO. Pegou
ônibus com a gente (teve inclusive que se proteger da chuva dentro dele), subiu
e desceu as ladeiras de Olinda e até disponibilizou sua casa quando achou
necessário. Aprendemos a lidar com sua sinceridade exacerbada com bom humor.
Aprendemos a dar o tempo necessário para suas acomodações. Aprendemos que
amanhã ela esquece o que falou hoje e também que, quando ela lembra algo que aconteceu ou foi falado ontem, não
perde a oportunidade de falar hoje. Aprendemos a admirá-la mais e mais. Se nós
voluntárias temos algo em comum, com certeza é a admiração pelo trabalho de
Patrícia com os autistas. Viemos aqui pra ver tudo acontecer. E vimos realmente
que tudo acontece. Depois de tantos workshops, palestras e consultorias, nós
não podíamos perder a oportunidade de aprender na prática como sermos
profissionais melhores. De repente o “mito” estava ao nosso lado, pronta pra
discutir de igual pra igual sobre os pacientes. E por falar nisso, que coragem
em compartilhar a responsabilidade do sucesso dessa colônia e o nome de seu
Centro, com voluntárias que pouco conhecia! Nooooossa, Patrícia, obrigada
mesmo! Valeu a pena cada minuto, cada dia/noite que passamos discutindo casos
clínicos ou vendo vídeos. Quantas coisas nós aprendemos! Nossos pacientes
também agradecem.
É até difícil tentar
escrever sobre cada um da equipe, mas também não dava pra não falar... Bruna e
Nara sempre disponíveis a auxiliar, Sandra inicialmente incomodada com tanta
gente, mas depois cuidando do nosso espaço com capricho. Edinaldo sorrindo pra
ajudar em qualquer necessidade nossa, Beto animando e conquistando a criançada,
Maria, Andréa, Luiza e Natália sempre dispostas, emprestando seu entusiasmo em
todas as atividades.
Concluindo, eu não poderia
deixar de agradecer essa oportunidade e compartilhar que minhas EXPECTATIVAS
foram superadas.
E como diria João:
“-Ihihihihihihih...” E agora? (completaria Ivanildes)... De volta pra casa...
Com carinho e saudades.
Rachel
Em 01/02/2012.
terça-feira, 23 de outubro de 2012
Afetividade no DIR
O
conceito chave por trás do modelo que eu defendo é afetividade... eu quero
mostrar pra vocês como tudo flui através de relacionamento e afetividade.
Primeiro, vamos pensar a respeito no desenvolvimento do sistema nervoso central:
o cérebro e a mente. Quando um bebê nasce, ele nasce com algumas poucas
capacidades que o trazem ao mundo. Eles podem olhar, ouvir, usar seus sentidos,
eles têm algumas preliminares capacidades de perceber padrões, como olhar para
o rosto da mãe ou do pai depois de um pequeno espaço de tempo, discriminar
alguns tons de voz, diferentes sabores, entre outras sensações, mas são muito
preliminares. A maior parte do cérebro e da mente desenvolve-se após o
nascimento. Isso faz sentido em termos evolucionais porque permite que o
cérebro e a mente humana se adaptem ao ambiente. Por essa razão, os bebês
humanos são tão indefesos e é por isso que as espécies mais desenvolvidas têm
desenvolvimentos pós-natais. A maioria das espécies vêm pré-ligadas. Portanto,
muitos dos nossos primos animais vêm ligados com alguns padrões básicos. E eles
parecem mais competentes ao nascer, mas eles são menos adaptáveis. Aqueles que
vêm mais indefesos, e que precisam de mais tempo de cuidados dos pais,
desenvolvem mentes maiores, cérebros mais flexíveis e são mais adaptados a
padrões. Portanto, a maior parte do nosso funcionamento é em resposta ao
ambiente.
Muitos
filósofos e neurocientistas perguntam-se: como a consciência se desenvolve?
Como desenvolvemos essa consciência de que você existe enquanto ser humano?
Como nos tornamos conscientes; como dizemos:
- Eu sou
uma pessoa zangada; eu sou uma pessoa feliz, etc.
Para
fazer julgamentos, você tem que ter consciência em primeiro lugar. Eu estava
lendo um artigo de jornal onde neurocientistas estavam discutindo acerca da
consciência; eles não conseguem achar uma área do cérebro que produz
consciência; não conseguem achar áreas combinadas que juntas formam consciência.
Portanto, brotam conceitos como: a consciência é uma propriedade do cérebro,
mas ninguém sabe o que isso significa e alguns colegas dizem:
- Nós
nunca poderemos responder a essa pergunta, é um problema insolúvel. O problema
da consciência humana.
Eis aqui
o segredo. E vocês o disseram alguns minutos atrás. A consciência não é uma
propriedade do cérebro. É uma propriedade do relacionamento e da afetividade
que o relacionamento produz. A consciência emerge de relações sociais e da
afetividade produzida nesses relacionamentos. Portanto, os bebês têm essas
capacidades fisiológicas básicas: eles podem tocar, cheirar, ouvir e ver. Mas,
como esses padrões básicos possibilitam o surgimento da consciência e se tornam
experiências afetivamente vivas que, por sua vez, se tornam o comandante dessa
consciência e do posterior desenvolvimento? Bem, quando mamãe responde ao olhar
do bebê com diferentes texturas de voz, o bebê começa a transformar esse
levante em algo prazeroso ou aversão. Se ela reclama com ele, é aversão; se a
voz é doce e meiga, é prazeroso. Essas interações de texturas diferentes criam
mais variações na afetividade. A voz, o movimento, todos os aspectos das
habilidades do bebê. Estas interações criam processos fisiológicos
transformados através de relacionamentos em afetividade, que é o primeiro
sentimento de “estar vivo”. Então, à medida que avançamos nos níveis funcionais
emocionais e você se engaja mais completamente com aquele grande sorriso, você
está experimentando um amplo gradiente afetivo. Então, quando você começa a
interagir com a afetividade, no nosso estágio 3, para comunicação intencional
recíproca, abrindo e fechando círculos, então você começa a experimentar o “eu”,
os primeiros sinais tendo um impacto no “você”. E consciência se torna uma
noção mais definida e mais diferenciada e, à medida que subimos a escada para o
ponto que chamamos de resolução de problemas compartilhada, você começa a
juntar as muitas interações afetivas recíprocas em um fluxo continuo e é por
isso que, no programa, sempre tentamos manter as crianças em fluxo contínuo de
trocas afetivas, porque isso é o fundamento de tudo o que vem depois. Sem isso,
você não pode ter linguagem, você não pode fazer parte do mundo. E você não
pode estar consciente sem uma interação contínua com o mundo. Se você faz isso
de forma descontínua, 5 círculos e depois se fecha, você ficará intocável. Você
precisa ter esse contínuo fluxo de interações com o mundo. Isso cria resolução
de problemas e reconhecimento de padrões, então você está apto a ampliar essa
pequena noção de self. Então, aos 18
meses, você tem uma noção de self muito antes de poder falar. Um senso de self
pré-verbal.
Nós
descobrimos que com crianças com desordens do espectro autista, este senso de
self pré-verbal, através do fluxo contínuo de interações afetivas, é crítico
para o desenvolvimento de consciência que o senso de self precisará para ir até
níveis mais altos de pensamento. E, dependendo de quão eficientemente mantemos
este fluxo, determina se a linguagem se tornará funcional e criativa ou rote memory e repetitiva e prediz, assim
pensamos, se a criança irá alcançar o ponto de apresentar empatia, humor e,
eventualmente, se tornar um pensador, ao invés de um memorizador. Então, vamos
ao estágio 5, onde a criança começa a usar ideias porque esse fluxo contínuo de
afetividade permite que a criança separe percepção de ação e use imagens como
entidades isoladas; essas imagens são investidas de afetividade e experiências,
desenvolvem significados e nós temos símbolos verdadeiros. Uma vez que tenhamos
símbolos verdadeiros através de brincadeiras de fingimento e através de diálogo
verbal, a criança aprende a conectar símbolos e a responder as perguntas “Qu” e “porquês”: porque você está feliz,
triste, porque você quer sair e, então, o relacionamento está dando certo. Estes são os nosso 6 estágios fundamentais
das nossas capacidades funcionais emocionais. Tudo começando com relacionamento
e afetividade. Tudo levando a níveis mais altos de consciência. Agora, nós temos
pensamento multi causal, o que chamamos de pensamento de “área cinzenta” e,
finalmente, pensamento reflexivo quando podemos dizer coisas como:
- Eu
estou mais zangado do que deveria. Eu
concordo com Mark Twain e não com Tolstoi porque Mark Twain é mais similar a
mim em sua educação, etc.
Portanto,
estes são os 9 níveis de nossas capacidades funcionais emocionais. Todos
começaram com afetividade. Agora, em identificação mais cedo... em intervenção
preventiva, nós temos que fazer essa afetividade funcionar. O que pensamos que
acontece com crianças com autismo e todo o gradiente de desordens do espectro é
que, biologicamente, por uma variedade de razões, algumas genéticas, algumas
provavelmente pré-natais, etc., a conexão entre afetividade e planejamento
motor, bem como as outras experiências sensoriais, não é totalmente
desenvolvida, não vem facilmente, não responde à experiência facilmente como em
outras crianças. Portanto, há uma falha no sistema. Mas não está totalmente
bloqueado. A via principal parece bloqueada, mas vias laterais ainda parecem
abertas. Portanto, ao conseguir grandes níveis de afetividade prazerosos no início
da vida, nós podemos desenvolver essas vias laterais. Em algumas crianças,
talvez, até abrir as vias principais. É isso que temos descoberto com muitas
das crianças. Parte disso tem a ver com padrões neurológicos diferentes.
Algumas crianças tiveram mais sucesso do que outras. Mas nós sempre descobrimos
novas formas de ter mais sucesso com mais crianças.
Dr. Greenspan / 1998
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
Espaco visual e espacial !
Como profissional gosto muito da
forma dialética que o Modelo Floortime atua. Segue a liderança da criança, entra
no seu mundo e acha seus prazeres e suas alegrias, e a partir daí desafia seus
níveis de desenvolvimento. Isso significa prestar atenção nas suas diferenças
individuais, validando cada processamento sensorial e sua relação emocional com
a família. O Floortime não é apenas uma técnica que usamos para ir ao chão com
a criança, é uma filosofia de interação, é o coração do Modelo DIR.
Gosto muito da maneira que o DIR
conceitua a capacidade do espaço visual e a capacidade de processamento que as
crianças no espectro desenvolvem, principalmente nos anos pré-escolares. Algumas dimensões devem ser
pontuadas, pelos terapeutas, no plano de ação diário com essas crianças, como:
Consciência corporal (esse é o meu corpo e posso chegar a
alguém). A consciência corporal é o senso de onde estamos e o elemento central que
vai nos ajudar a nos relacionarmos com nós mesmos, e com o mundo a nossa volta,
porque é necessário ser capaz de ter consciencia do seu corpo para mover, jogar
e fazer coisas que planejamos no espaco e no tempo.
Localizar o
corpo no espaço (este é o meu corpo, e aonde eu estou no mundo?). Para entender
esse sistema é necessário saber como eu me envolvo na compreensão do meu corpo,
em relação as outras pessoas e ao meio ambiente expandindo para o mundo
A relação com
os objetos e com outras pessoas ao seu redor e a possibilidade de se co-regular,
e em seguida encontrar maneiras de representar a si mesmo dentro desse mesmo
espaço.
Quando a criança começa a dominar
esses sentidos entram no processo do pensamento lógico em torno de conceitos
espacias e visuais, desenvolvendo conceitos de tempo e espaço. A criança inicia
uma necessidade de compreensão que é preciso tempo para ir de um ponto a outro:
que algo está muito longe, que há uma diferença entre hoje e amanhã, e que com
rapidez eles podem se mover através do tempo e do espaço.
Isso as ajudará a pensar
racionalmente o que significam as coisas no momento em que elas estão
acontecendo. Outro fator importante é a lógica e o planejamento de ações espaciais
e visuais, o que chamamos de pensamento representacional.
No DIR estamos sempre falando de
engajamento, até porque começamos com coisas simples como olhar para o rosto da
mãe e saber aonde ela está no espaço, ou podemos começar com o nariz do papai,
que toda vez que tocado emite um som. Olha o quanto conseguimos nessa
brincadeira de interação! São brincadeiras necessárias para chegarmos ao esconde
esconde. O que penso é que existem milhares de brincadeiras que ajudam as
crianças a desenvolverem esse conjunto de sistemas, porém se faz necessário
saber aonde a criança está, para que possamos trabalhar com elas. Muitas vezes
vejo crianças de 4 anos ainda jogando objetos para cima e olhando para ver se
cairam, porém com dificuldades de ver os objetos na esfera de cima, ou apenas
girando os objetos no espaço para que eles fiquem fora da esfera visual. Para essas crianças devemos começar pela
exploração do seu corpo, o corpo do outro como a brincadeira do nariz, para
depois alcançarmos os objetos. A ideia é
começar dentro do alcance da criança, divertidamente, para que ela possa subir
a escada do desenvolvimento com mais consciência corporal. Essa compreensão
deverá passar pelos planos escolares, falo porque nas minhas visitas nas
escolas vejo toda a equipe preocupada na parte pedagógica, o grande desafio, e
na verdade o maior desafio da criança está na localização do espaço visual. Vejo
sempre crianças deitadas brincando com trens devido a dificuldade de se
localizar e se mover no espaço, deixando os trens semi fixos, ou empilherando
os carros na mesma direção. A ideia é que a criança desenvolva o senso de onde
seu corpo está e o que se move no seu campo visual, no caso a capacidade de
planejar a ação. É como se ela não tivesse só se movendo porque algo vem em sua
direção, ou por querer alcançar algo, mas realmente porque planejou a frente.
Eu sempre peço aos pais que envolvam
as crianças em planejamento diário, como lavar um carro, pôr os pratos na mesa.
Tarefas diárias ajudam a organizar a criança, e praticar essas tarefas em casa
vai ajuda-las na rotina escolar.
Quando olhamos para o funcionamento
cognitivo e sensorial precisamos entender como uma criança vem a compreender ou
entender as coisas, o que faz realmente sentido para ela, não apenas o que ela
ouve, mas o que ela vê. Entender a forma como uma criança entende seu mundo
visual. No fundo gastamos um monte de atenção em linguagem, trabalhos acadêmicos
e habilidades sociais, mas não muito sobre esse componente importante. Se
olharmos para as crianças com transtornos do espectro autista, sabemos que
alguns deles, não todos, são pensadores visuais. Algumas crianças tem muito boa
memória visual, eles se lembram de tudo que vêem, outros tem memória visual
fraca e não conseguem lembrar de sons ou palavras, por exemplo: tem criança que
pesquisa os quatro cantos de uma sala e acha o objeto escondido no meio da sala,
tem habilidade de organizar seu campo visual e tem outras que se perdem em
apenas uma pequena parte da sala, como falo “sempre vêem a floresta, mas não
identificam as árvores.”
Se faz necessário
entender que essas crianças precisam de bases sólidas de tratamento, para alcançar
outros níveis. Os planos de sociabilidade só terão resultados se indetificarmos,
enquanto profissionais, o que a criança pode ou não fazer, e muitas das minhas
crianças ainda estão descobrindo o própio movimento, e planejando pequenas ações
como se estivessem em um processo de preparação para o mundo lá fora.
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Workshop No Rio de Janeiro
CURSO: Transtornos do espectro autista: abordagem terapêutica segundo DIR/ Floortime
Período: 27 a 29 de Setembro de 2012
Coordenação: Dra. Alice Y. S. Hassano - Dra. Lívia Rangel Lopes Borgneth - Organização
Local: Av. Athos da Silveira Ramos, 247
Cidade: Cidade Universitária Ilha do Fundão / Brasil
Informações: 2531-3313 – Isabel Costa
Descritivo:
Coordenação: Dra. Alice Y. S. Hassano - Dra. Lívia Rangel Lopes Borgneth - Organização
Local: Av. Athos da Silveira Ramos, 247
Cidade: Cidade Universitária Ilha do Fundão / Brasil
Informações: 2531-3313 – Isabel Costa
Descritivo:
Inscrições: soperj@soperj.org.br
Informações: 2531-3313 - Isabel Costa
domingo, 5 de agosto de 2012
quarta-feira, 13 de junho de 2012
quarta-feira, 30 de maio de 2012
quarta-feira, 25 de abril de 2012
domingo, 22 de abril de 2012
sexta-feira, 13 de abril de 2012
quinta-feira, 29 de março de 2012
COMPORTAMENTOS ESTIMULATÓRIOS
Se
existe uma área que causa preocupação e ansiedade nos pais são os comportamentos repetitivos das
crianças no espectrum.
Como
podemos parar com as estimulações? Eu diria “NÃO PODEMOS”.
Nós
precisamos entender que há momentos que nossas crianças estão dando o máximo
que podem e que muitas vezes os comportamentos estimulatórios ou repetitivos
muitas vezes são calmantes para suportar o ambiente “over”/ excessivo na qual a
criança está inserida.
Quando
olhamos esses movimentos com lentes de compreensão. Podemos entender o porque
eles precisam desses movimentos e o porque eles tem que fazer esses movimentos.
Para
nós DIR/Floortime, aprendemos a não querer extinguir esses comportamentos antes
de entender a origem, sem generalizar o porque dos flaps, spin, run, etc.
Aprendemos
a fazer desses comportamentos interativos e usá-los para motivar a criança. Até
porque entendemos e sublinhamos as questões sensoriais e integramos com a
criança dentro desses comportamentos, eventualmente nós podemos remediá-los e
movê-los dentro da escala do desenvolvimento, eliminando as necessidades dessas
estimulações individuais.
Uma
mãe me falou uma vez “...não importa o que eu removia do espaço, meu filho
acharia e começava a balançar na frente dos olhos”.
Depois
de um tempo eu comecei a fazer e a minha visão ficava tão focada que o que
estivesse ao meu redor desapareceria em instantes e ai eu comecei entender o
meu filho!
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Quem está brincando, você ou a criança?
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O modelo D.I.R. (Modelo baseado no Desenvolvimento, nas Diferenças Individuais e na Relação) consiste num modelo de avaliação e intervenção...